Benefícios da urtiga
A urtiga é mais lembrada pelas queimaduras que provoca, mas possui inúmeras propriedades benéficas ao organismo, como riqueza em nutrientes e minerais, agindo em diversas regiões do corpo para regular as funções naturais.
As urtigas são plantas herbáceas perenes com difusão ampla, especialmente em regiões temperadas e climas amenos.
As mais comuns são a supracitada Urtiga dioica e a urtiga branca, ou Lamium album, que não tem características urticantes, ou seja, não queimam.
A urtiga é mais lembrada pelas queimaduras que provoca, mas possui inúmeras propriedades benéficas ao organismo, como riqueza em nutrientes e minerais, agindo em diversas regiões do corpo para regular as funções naturais.
A urtiga, pode ser consumida de diversas formas, em chá, a água fervente é capaz de extrair todos os nutrientes, minerais e vitaminas presentes na planta
Conheça a urtiga branca (Lamiun album), planta com muitos benefícios para saúde humana, e que apesar do nome, curiosamente não pertence à mesma familía das urtigas.
A urtiga nutre e purifica a pele do rosto eliminando a acne e regula a pele oleosa, devido à sua ação inflamatória, a vermelhidão desaparece. Também é muito útil em casos de dermatite, psoríase e eczema.
Também pode ser chamada de ortiga, urtigão, urtiga maior ou urtica, sendo originária da América do Norte, África, Ásia e Europa. Apesar disso, é bem comum no Brasil, e cresce facilmente em qualquer lugar.
O aspecto mais famoso das urtigas, que é conhecida por queimar a pele humana após o contato com as folhas. Isso acontece devido à presença de pelos fininhos, conhecidos como tricomas, que formam uma camada sobre a folha da Urtiga dioica e que tem altas concentrações de ácido fórmico (H2CO2) e histaminas.
É justamente esses compostos que, ao entrar em contato com a pele, reagem com uma sensação de queimação. Outros efeitos do contato da urtiga podem incluir uma vermelhidão no local, seguida de coceira intensa e o aparecimento de pústulas. A urtiga é usada desde 4 mil anos antes de Cristo para a fabricação de tecidos, para a alimentação e como erva medicinal.
A urtiga foi uma das plantas que mais cedo foi usada pela humanidade, pois desde a Era do Bronze eram extraídas fibras de urtiga para a fabricação de tecidos e papel. No século terceiro antes de Cristo, os soldados romanos utilizavam as folhas da urtiga para se esquentarem, esfregando na pele para suportar melhor o frio.
Já o uso culinário da urtiga é atribuído ao escrito Plínio, o Jovem, que viveu no primeiro século e era um apreciador contumaz da planta, que a comia cozida como espinafres.
Mais tarde, no começo do século 13, países europeus como a Noruega, Escócia e Dinamarca, cultivavam a urtiga para a produção de tecidos destinados para a fabricação de uniformes dos marinheiros e redes de pesca.
Na Europa, o uso da urtiga como uma das principais matérias primas da indústria têxtil durou até muito depois da popularização do linho e do algodão, perdurando até a primeira metade do século 20.
A Urtiga dioica é conhecida por suas folhas verdes, que começam oblongo-lanceoladas e terminam ovado triangulares, por suas propriedades urticantes, ou seja, com potencial para queimar a pele ao contato, e por ter um aspecto dentado-serrado nas bordas.
As diferentes espécies têm flor e compõe pequenos arbustos, não laticíferos com folhas alternas ou opostas, com características estipuladas. A urtiga é uma planta que se adapta melhor a terrenos úmidos, onde a terra é fresca e em um local que não fique diretamente exposto ao sol.
É possível encontrar a urtiga em toda a parte, pois ela cresce espontaneamente em bosques, terrenos baldios, estradas e no meio de plantações, e pode atingir até 60 centímetros. A planta também é bastante resistente, podendo se desenvolver em ambiente com até -45 °C.
A urtiga se reproduz através da semente, por estacas ou pela divisão dos pés e produção de mudas. Ainda hoje são produzidas massivamente na Europa, tendo pouco destaque na culinária ou na indústria têxtil brasileira.
Além da sua utilização para a produção de tecidos e papel, as diversas variedades de urtiga têm excelentes concentrações de nutrientes e propriedades medicinais.
A urtiga é fonte de diversas vitaminas, principalmente dos grupos B, C e K, betacaroteno e altas concentrações de magnésio e ferro, o que a faz extremamente eficiente no combate à anemia e problemas de circulação sanguínea.
Também pode ser usada para combater a queda de cabelo e a fragilidade das unhas, muito por causa das vitaminas, mas também devido à presença de silício e do seu poder de remineralização do corpo.
A urtiga pode ajudar ainda no tratamento da artrite e da artrose, no controle da glicemia, em problemas no sistema respiratório, como asma e bronquite, entre muitas outras utilidades.
Na culinária, pode ser usada em chás, sucos, sopas, saladas, pestos, e tudo o mais que incluir verduras e ervas. Todas as espécies de urtiga são comestíveis, mas as plantas com efeito urticante devem ser molhadas por alguns minutos e depois serem salpicadas com bicarbonato para neutralizar o efeito de queimação.